Cap. Resenha de Hipnotismo, de August Forel. Hipnose.


Resenha de Hipnotismo, de August Forel. Hipnose. - Capitulo 

Minha resenha


Para iniciarmos o estudo da hipnose, começamos discutindo os estudos de August Forel, ele foi o pioneiro dos estudos de hipnotismo, declarou que sua descoberta, possui uma grande importância psicológica. Os problemas limítrofes ao hipnotismo, apresentados se ocupam em algumas vezes ao“ espiritualismo” e preconceitos, mesmo Forel apresentando uma reserva totalmente cientifica.
Ele defendia muito suas ideias, dizia que “a fim de formar um julgamento acerca do hipnotismo é preciso que se tenha praticado o hipnotismo por experiência própria. ” A hipnose em geral pode ser mais justificadamente dirigida contra determinados métodos que todos nós usamos na prática contra a hipnose. Chegou em um ponto que os próprios médicos perceberam que é muito complicado não usar a hipnose e deixar que seus pacientes sofram, podendo alivia-los sob o uso da influência psíquica. O tratamento hipnótico consiste em induzir a pessoa a um estado hipnótico e em segundo, veicular uma sugestão na pessoa hipnotizada. Durante o sono, perdemos nosso equilíbrio psíquico e a atividade desordenada que em muitos aspectos lembra a loucura, nessa analogia, também não impede que despertemos do sono com renovada força mental.
Durante o processo, o mau uso pode ser perigoso, envolvendo a qualidade do médico e o paciente, não havendo a confiança no escrúpulo ou retidão de sua intenção de evitar esse mau uso. Freud nos mostra em sua obra que o sono é um estado que a hipnose pode inserir a pessoa, podendo ser produzido por 3 modos: influência psíquica, o poder da força da pessoa com a outra, influência fisiológica e auto influência, porém o primeiro método é estabelecido a produção de ideias e sugestão.
Há três teorias diferentes que explicam a hipnose, a mais antiga é a de Mesmer, que no ato de hipnotizar um material imponderável, um fluido se passa do hipnotizador para o organismo hipnotizado, sendo um agente chamado de “magnetismo”, mas essa maneira de pensamento antiga já foi excluída, por ser considerada estranha pelo pensamento contemporâneo. A segunda teoria somática, discute os fenômenos hipnóticos com base nos reflexos medulares, considerando a hipnose um estado fisiológico modificador do sistema nervoso, sendo consequência de fenômenos externos.
Forel, se posicionava segundo a teoria da sugestão, criada por Liebeault e seus discípulos. Essa teoria expõe, que os fenômenos da hipnose constituem efeitos psíquicos, efeitos de ideias que, intencionalmente ou não são provocados na pessoa hipnotizada, sendo um processo produzido por sugestão e não estímulos externos. A chave para a compreensão da hipnose é feita pela teoria do sono normal, na qual a hipnose se distingue somente pela inserção do relacionamento entre a pessoa hipnotizada e a pessoa que a faz adormecer. Forel diz que “ por meio da sugestão só a hipnose, é possível influênciar, impedir todos os fenômenos subjetivos conhecidos da mente humana e uma grande parte das funções objetivamente conhecidas do sistema nervoso”.
Nos problemas do hipnotismo, Bernheim denominava a sugestão a toda influência psíquica eficaz exercida por uma pessoa sobre outra e considerava “sugerir” todo o esforço no sentido de exercer uma intervenção psíquica em alguma outra pessoa. A sugestão e consciência, rica em ideias, intenta compreender a atuação da sugestão com base em determinadas hipóteses fundamentais relativas aos eventos psíquicos normais.
A técnica da hipnose é um método medico muito difícil. Para aprender deve ter um mestre na área, devendo ter seriedade e firmeza que brota na consciência em compreender isso. Não se deve impor o tratamento para o paciente, há muito preconceito por achar o procedimento perigoso. Deve-se ter a aprovação do paciente e se houver medo, dizemos-lhe: “Não exigimos sua crença, mas, de início, apenas sua atenção e cooperação. Em muitas vezes a hipnose não funcionará e é preciso estar preparado para isso, deve-se primeiramente conquistar a confiança do paciente e deixar a desconfiança e seu senso crítico se neutralizar. Vale ressaltar que o procedimento deve ser evitado em casos de sintomas que tenham origem orgânica, esse procedimento é apenas em casos de doenças nervosas de origem psíquica.
De início ao processo, deve-se escurecer a sala, manter-se o silêncio, após isso, sentamos na frente do paciente e pedimos que ele fixe os olhos em dois dedos da mão direita do médico e que ele ao mesmo tempo observe-se atentamente as sensações que passará a sentir. Geralmente não é aconselhável não esperar pelo desenvolvimento espontâneo da hipnose, convém estimula-la pela sugestão. Quando não conseguimos realizar a hipnose, deve-se procurar outros métodos para tratamento, como: aplicar pequenos golpes no rosto e no corpo do paciente, com ambas as mãos, continuamente durante cinco a dez minutos e usar a sugestão acompanhada de passagem da corrente galvânica fraca, que produz uma perceptível sensação de sabor. A sugestão conquistou um valor muito grande na hipnose, consistindo em uma energética negação dos males de que o paciente se queixou







FREUD, Sigmund. Publicações pré-psicanalíticas e esboços inéditos.  Rio de Janeiro: Imago, 1996.  p. 129-154.  (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 1).

Comentários

Mensagens populares