A cultura do cancelamento
Em 1996, foi lançado o filme O corcunda de Notre Dame.
A obra foi considerada meio sombria, muitas crianças naquela época não
compreendiam as letras das músicas e as críticas à sociedade e a igreja. Hoje
em dia, alguns assuntos são bem atuais em nossa sociedade, como a exclusão e o
isolamento.
Quasimodo, perdeu os pais quando criança, minutos
depois foi abandonado vivendo anos isolado em Notre Dame, sem possuir contato com
a sociedade, por ser diferente e assustar os outros pela sua aparência.
O monstro de Frankenstein, viveu e cresceu sozinho,
isolado por sempre assustar os outros. Seu pai, após seu nascimento ficou tão apavorado
com sua aparência, que fugiu. Abandonado, ele saiu do laboratório para
sobreviver.
Viveu solitário pelo resto da vida, aprendendo sozinho
a se alimentar. Aonde ele ia, as pessoas fugiam e gritavam por ser diferente.
A cultura do cancelamento é bastante conectada ao mundo
virtual, envolvendo o que os outros podem pensar sobre nós.
Quando cancelamentos alguém na internet, estamos
suspendendo, reduzindo e silenciando o outro, apenas por não gostar de determinado
discurso. Com isso, o cancelamento diminui os diálogos nas redes sociais. É interessante
perceber que, isso pode ser carregado de prazeres psíquicos e dificuldades em
lidar com pensamentos diferentes.
Segundo o psicanalista inglês Wilfred Bion, nós temos
a necessidade de ter alguém para nos ajudar a conter nossas emoções, para
podermos desenvolver melhor nossa capacidade de pensar.
Quando paramos para pensar, conseguimos perceber o que é seu e o que é do outro. A partir disso, conseguimos viver melhor no mundo e na sociedade.
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