HISTERIA
Cap. 3 - Histeria.
A histeria tem como o início nos primórdios da medicina, sendo resultado do preconceito, se vinculando as neuroses as doenças do aparelho sexual feminino, se propagando na idade média, com um papel com grande significado na história da civilização, em formas epidêmicas em consequência do contagio psíquico relacionado com feitiçaria e histórias de posições na época. Não houveram mudanças em sua sintomatologia, mas na escola de Salpêtriére, houveram estudos para a compreensão da doença. A história é uma neurose baseada em modificação fisiológica do sistema nervoso, expressando condições de excitabilidade ainda não descobertos. A histeria é um quadro clinico circunscrito e bem definido, que pode ser reconhecido com bastante clareza nos casos extremos, possuindo sintomas como ataques convulsivos, apresentando três fases, a primeira é epileptoide, com ataque unilateral, a segunda é grands mouvements, movimentos salamoleque, contorções e outros. A terceira fase é alucinatória do ataque histérico, com movimentos em alucinações nos pacientes, que durante o ataque pode perder ou não a consciência. As zonas erógenas são áreas de intimas conexões com a pele, em partes profundas como: ossos, membranas mucosas e até nas áreas dos sentidos. Os distúrbios da sensibilidade são os sinais mais frequentes da neurose, possuindo um papel nas doenças cerebrais orgânicas, consistindo em anestesia e hiperestreita. É um sintoma que é possível basear em um diagnóstico de histeria. Os distúrbios da atividade sensorial afetam os órgãos do sentido e podem aparecer simultaneamente o independente de modificações da pele, tendo como sintomas: fundo de olho normal ao exame, ausência do reflexo conjuntival. As paralisias são as mais raras e não levam em conta a estrutura anatômica do sistema nervoso, evidenciando-se da maneira mais equivocada na distribuição das parafilias orgânicas. As contraturas acontecem com frequência em casos mais graves e nos músculos mais variados, caracterizando se pela excessiva intensidade em qualquer posição.
Os histéricos possuem uma disposição hereditária para a perturbação da atividade nervosa, podendo os sinais serem identificado na adolescência, pela fase da puberdade ensejo o primeiro surto da neurose em crianças histéricas que são precoce e altamente dotadas, com sintomas de profunda degeneração do sistema nervoso, sendo os mesmos sintomas do adulto. A histeria pode esta combinada em muitas doenças nervosas, neuróticas e orgânicas, oferecendo grande dificuldade a análise. Seu tratamento é destacado em três atividades, o tratamento da disposição histérica, dos ataques histéricos e dos sintomas histéricos isolado. A disposição histérica proporciona ao médico a liberdade de escolha dos métodos. Ela não pode ser eliminada pois institui medidas profiláticas, tomando se cuidado para os exercícios físicos e a higiene, sendo um benefício do trabalho intelectual, trata a anemia, a clorose, o não sobre carregamento de esforços físicos e etc. Esse trabalho intelectual, ainda sendo raro, causa a histeria e esse reparo endereça a educação das melhores classes da sociedade, empenhando os sentimento e sensibilidade. O tratamento em crianças era o método da proibição autoritária. Nos casos de histeria aguda, a primeira condição consiste em remover as condições habituais dos pacientes, isolando-os do círculo que ocorreu o ataque, abrindo as possibilidades do médico para observar e se dedicar em uma atenção cuidadosa sobre o paciente. Em percepções deformadas do paciente diante ao médico, que são transferidas para o paciente, revela que a neurose tem cura e não é perigosa e a evitação de toda excitação emocional do paciente que o leva ao ataque histérico pode ser manejada por aplicações de tratamentos como massagens, hidroterapia e faradização geral. A chamada cura de repouso em Weir Mitchell consiste em isolamento absoluta tranquilidade, com aplicação de massagens e faradização geral.
O tratamento de histerias isolados não oferecem pespectiva de êxito enquanto persiste a histeria aguda, pois os sintomas podem reaparecer ou são substituídos por outros. Quando nos sintomas histéricos é encontrado restos de histeria aguda ou histeria crônicas, como localização das neuroses é desaconselhado a medicação interna, evitando drogas narcóticas. Essas drogas quando são prescritas nesses casos, é um erro grave, nos casos de histeria local não é eficaz seus efeitos, há caminhos de tratamentos diretos e indiretos para os casos. O tratamento indireto consiste em remover as fontes de estimulo, caso exista alguma natureza e o tratamento direto além de remover as fontes psíquicas que estimulam os sintomas histéricos, visa em compreender as causas da histeria na vida ideativa inconsciente, oferecendo ao paciente sob hipnose uma sugestão que contem a eliminação do distúrbio em causa. Esse método é o mais apropriado pois imita o mecanismo da origem e da cessação desses distúrbios histéricos, devido a esses sintomas histéricos desaparecerem espontaneamente sob a influência de um motivo psíquico suficiente ou influência de alguma excitação moral, de susto ou expectativa.
FREUD, Sigmund. Publicações pré-psicanalíticas e esboços inéditos. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 77-94. (Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 1).
Comentários
Enviar um comentário