Meu relato sobre a psicologia e literatura infantil/contos de fadas
ESCREVO PARA PARTILHAR!
Início esse texto
lembrando de uma disciplina que cursei na faculdade de psicologia chamada
teorias psicanalíticas, recordo-me das primeiras aulas que tive sobre psicanálise
e como Freud começou os estudos psicanalíticos, descobrindo o inconsciente. Discutia
muito com um amigo de turma, sobre o processo na clínica que envolve a transferência,
contratransferência, resistências, elaboração, interpretação e mecanismos de
defesa tanto do analista como o paciente.
Depois dessa disciplina,
estudei as teorias e técnicas psicanalíticas o que me deu a base que iria me
auxiliar no primeiro ano de estágio clinico e aí veio a explosão: “Gabi, você
vai fazer o estágio com crianças’’. Nesse momento veio em minha mente os
trabalhos voluntários que me dediquei por anos, trabalhos no quais sempre
conversava com pais ou responsáveis e seus filhos, onde eu escutava várias
demandas e tentava ajudar da melhor forma possível, claro que o atendimento psicoterápico
é paralelamente diferente, mas algo nesse momento mudou dentro de mim, como se
fosse: Vai! Se aprofunda. Durante meu percurso pelo estágio clinico, me veio várias
coisas na cabeça sobre o que poderia me aprofundar: autismo, depressão, suicídio,
abandono, psicopatologias, guarda compartilhada e etc. eu me perdi e veio um
eco na minha cabeça sobre o que fazer, em que direção ir.
Foi nesse momento de início
de semestre que procurei ajuda no curso de pedagogia (a pedagogia me ajudou
muito nesses momentos de recursos e abordagens, logo me segurei nessa
oportunidade e decidi abrir os horizontes) me inscrevendo na disciplina
Pedagogia e literatura infantil. Eu escrevo com olhos lacrimejando e com muita
felicidade sobre essa matéria tão significativa que me fez conhecer pessoas incríveis,
compartilhando ideias que me ajudaram a encontrar no universo da literatura o
meu futuro trabalho e recurso terapêutico na clínica.
No estágio pude perceber
que as histórias são um dos recursos terapêutico mais aceitos tanto em crianças
como em adultos, logo torna-se um instrumento eficaz em alguns casos. Cantigas ou
músicas podem dizer muito sobre o paciente, tanto um hino de futebol como “ Se
essa rua fosse minha”, claro que existem muitos desafios no setting terapêutico,
como a resistência (já dizia Drummond: no meio do caminho tinha uma pedra) mas
com a aliança terapêutica esse muro vai se desmoronando e o vínculo com os
pacientes se fortalecem, facilitando os recursos a serem usados. Com isso
finalizo e escrevo para partilhar minha experiência e os motivos que me fizeram
se apaixonar pela literatura infantil, contos de fadas e psicanálise.
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